ASCENSÃO DO MONTE DENALI/McKINLEY – 6.194 m – ALASKA - 1986
Depois de duas expedições bem sucedidas nos Andes, Thomaz foi morar em São Francisco, na Califórnia. Dali, depois de meses de planejamento e preparação, foi ao Alaska com seu amigo Beto Borges para subir o Monte Denali/McKinley (6.194 m).
Localizada na Cordilheira Alaska, no centro-sul daquele estado americano, apenas a 200 km do Círculo Polar Ártico, o Monte McKinley (ou Denali, para os nativos) é a mais alta da América do Norte e, entre as grandes, é considerada a mais fria do mundo. As condições climáticas em suas encostas são as mesmas encontradas no Polo Norte. Suas geleiras são tão extensas que a maioria dos alpinistas freta um pequeno avião que pousa no gelo, para deixá-los na superfície da geleira Kahiltna, a 2.160 metros de altitude, e a uns 10 dias de caminhada sobre o gelo até o campo-base.
A rota de escalada escolhida foi pela linda via conhecida como West Ridge, ou Ombro Oeste. Para subir a geleira, além da mochila, Thomaz e Beto, tiveram que cada um puxar um pesado trenó, como nas expedições polares. Depois de muito calor nos primeiros dias, as condições climáticas, como previsto, foram piorando conforme foram ganhando altitude – nevascas, neblina, ventos fortes e temperaturas que desceram a 40 graus abaixo de zero.
Sempre sob um céu que nunca escurece em junho, época escolhida para a jornada. A partir do campo-base, a 4.350 m, o desafio foi escalar um paredão de gelo e neve com quase 400 metros de desnível, para alcançar o local do último acampamento, de onde partiriam para o topo.
Apesar dos perigos, das dificuldades, da pouco experiência, e dos ventos supersônicos, ambos chegaram no cume depois de 8 horas de esforços. Dois dias depois, descendo dia e noite, sem parar, retornaram ao local de pouso na geleira, e chamaram o pequeno avião de resgate, concluindo a expedição com êxito. Os detalhes dessa jornada estão no livro UM OUTRO MUNDO LÁ FORA - Expedições ao Ártico, Antartica, Alasca e Himalaia.
